segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Caraibeira (Tabebuia caraiba)



Craibeira, caraíba ou caraibeira como é mais conhecida (Tabebuia caraiba). É uma planta de porte arbóreo, da família das bignoniaceae. É uma árvore exuberante, forte, nativa do bioma Caatinga e Cerrado onde é conhecida também como ipê-amarelo-do-cerrado, que exibe a beleza das suas flores justamente nos meses mais secos do ano, quando floresce no mês de setembro.

Foto: Nair Cerqueira. Caraiba no inverno, tirada em praça pública de Itiúba - BA.
 

Sua madeira por ser forte, robusta, é muito utilizada na construção civil, na confecção de móveis, peças curvadas, etc. Além de tudo isso, é uma espécie de alto potencial ornamental, que não é muito explorado na arborização urbana.

Foto: Fabiano Araújo. Jardim no sertão, caraibeiras ao pé da serra floridas.




Texto: Erli Pinto dos Santos
Técnico Agropecuário
Graduando em Agronomia – UEFS
Agradecimento aos amigos que cederam às fotos para abrilhantar a informação!
 




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mandacaru (Cereus jamacaru DC.)

O mandacaru (Cereus jamacaru) é arbusto suculento da família das Cactaceae. É uma planta do cenário semiárido, com seu formato de um grande candelabro, e é cantado pela sabedoria popular. A planta pode chegar a ter 8 metros de altura (na fase adulta) com tronco grande e lenhoso; outra característica marcante é a presença de espinhos, que podem chegar até 10 cm de comprimento. A flor do mandacaru se abre no período da noite, e a floração se dá na estação chuvosa. Tem grande importância cultural, a prova de quê é presente em inúmeras canções e toadas de sertanejos, inclusive o rei do baião, Luiz Gonzaga no trecho da sua música “mandacaru quando fulora na seca, é o sinal que a chuva chegou no sertão...”.
Há também no mandacaru, uma importância econômica, principalmente quando se trata de salvar, alimentar rebanhos de animais no período de seca prolongada. E para essa finalidade hoje já existem variedades “melhoradas” geneticamente, sem espinhos, para facilitar o manejo no dia-a-dia de vaqueiros. Essa prática vem reduzindo as populações naturais de mandacaru.
Todas as partes da planta são utilizadas na medicina popular, para tratar de infecções no aparelho respiratório humano, infecções nos rins, fígado e úlceras. Além disso, há pesquisas feitas com a espécie, onde, na qual é presente um antibacteriano.

Um outro potencial ainda pouco explorado na espécie, é o ornamental. É difícil você chegar numa praça pública, nas cidades do nordeste, onde não esteja presente a ilustre planta. E essa utilidade vem sendo incentivada por paisagistas, engenheiros agrônomos, etc..

Texto e foto: Erli Pinto dos Santos
Técnico Agropecuário
Graduando em Agronomia - UEFS
Cel.: (74) 9196-6275

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Jitirana (Ipomoea sericophylla)


Ipomoea sericophylla
Convolvulaceae
Trepadeira / Liana
A floração ocorre na estação chuvosa

A Jitirana (Ipomoea sericophylla) é uma trepadeira herbácea que se desenvolve na época chuvosa na Caatinga, escalando arbustos e cercas que guardam as propriedades rurais decorando, de forma natural, esses suportes. Apesar da beleza emprestada por suas delicadas flores alvacentas com a garganta rósea, a planta ao ser consumida por animais de interesse zootécnico do semiárido brasileiro, como caprinos e ovinos, afeta o Sistema Nervoso Central causando prejuízo a produção e até a morte desses animais. As Ipomoeas são aplicadas no controle da pressão alta, problemas no coração e no fígado.

Foto: Antonio Sérgio Castro

Texto e foto retirados do livro: CASTRO, A. S. e CAVALCANTE, A. Flores da Caatinga. Campina Grande. Instituto Nacional do Semiárido, 2010. P. 48.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Maracujá de boi (Passiflora cincinnata Mast)

Também conhecido como maracujá do mato ou da caatinga
, é uma espécie perene que ocorre freqüentemente nas caatingas do Nordeste. É um cipó ou planta trepadeira, de gavinhas axilares, que necessita de suporte, ramando sobre arbusto.

É bastante resistente às secas periódicas e se desenvolve na maioria dos solos argilosilicosos ou silico-argiloso, mas parece
aceitar qualquer tipo de solo.

Os frutos processados são empregados na fabricação de suco, licor, doces, geleias, sorvete, picolé e musse. Esta frutífera é estratégica na alimentação dos animais silvestres e no suprimento de vitamina C do sertanejo.

Fonte: Embrapa Semiárido

Curta Defensores do Bioma Caatinga

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pindobassú (Attalea pindobassu)

Pindobassú
(Attalea pindobassu B.)



A palmeira pindobassú (ou) pindobaçú, é nativa do semiárido brasileiro, mais precisamente na região norte do Estado da Bahia, nos municípios de Senhor do Bonfim, Campo Formoso e Pindobaçú, onde é endêmica, e o nome do último município deriva da planta, conseqüentemente pela população numerosa da planta. Confundida por muitos na região, pelo babaçú. É uma palmeira da família das palmáceae, pertencente ao gênero Attalea, assim como o babaçu. Muito aproveitada onde existe. Suas folhas, grandes, são usadas para confecção de coberturas de cabanas. E das amêndoas dos seus frutos, é extraído um óleo, muito utilizado na indústria de cosméticos.

Texto e foto: Erli Pinto dos Santos
Téc. Agropecuário
Graduando em Agronomia – UEFS

(74) 91966275

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Velame - Croton heliotropiifolius -

Velame (Croton heliotropiifolius

É um arbusto piloso típico e abundante na Caatinga, com cerca de 1 m de altura. Também conhecido como “velaminho”, "velande" e “velame-de-cheiro” . Suas folhas são grossas, ásperas e maceradas exalam um cheiro agradável devido ao óleo essencial que contém. Possuem flores melíferas dando origem a um mel claro. 

Na medicina popular é utilizado para dor de estômago,
mal estar gástrico, vômitos e diarréias (Randau et al., 2001).

Fonte: Flores da caatinga (INSA) e Embrapa Semiárido
Foto: Kalhil Pereira França

Macambira - Bromélia laciniosa

Macambira (Bromélia laciniosa)

Também conhecida como gravatá, caraguatá e craguatá. A macambira está presente nas caatingas do Nordeste, da Bahia ao Piauí. Planta herbácea, da família das Bromeliáceas, que cresce debaixo das árvores ou em clareiras, possui raízes finas e superficiais, folhas que podem atingir mais de um metro de comprimento por vinte centímetros de largura, espinhos duros, e um rizoma que fornece uma forragem de ótima qualidade.

Possui vários usos que vão desde a utilização da planta para evitar a erosão, até como alimento para a criação de caprinos, ovino e bovinos. Como sua folha possui modificações que dão uma natureza espinhenta a mesma, a macambira é queimada antes de ser oferecida aos rebanhos.

Seu fruto é uma baga de três a cinco centímetros de comprimento e diâmetro variando de 10 a 20 milímetros. Essas bagas quando maduras assumem uma coloração amarela, lembrando um cacho de pequenas bananas.

A macambira pode ser utilizada como planta ornamental, porém sua maior utilização é nas laterais de rodovias que cortam o semi-árido para evitar a erosão (isso devido ao fato de sua raiz ser do tipo fasciculada o que dificulta a erosão).

Fonte: Agefran Costa e wikipedia.
Foto: ESCOREL

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Licuri (Syagrus coronata)


O licuri, ou ouricuri, nicuri, licurizeiro (Syagrus coronata) como é chamado em diversas regiões onde é encontrado. É uma palmeira da família das Arecaceae (principes), pertencente ao gênero Syagrus, assim como o ariri, ou licurioba-da-caatinga (Syagrus vagans). A palmeira não recebe o segundo nome atoa, "coronata", segundo Martius Becc., que registrou a espécie, da a ideia de corôa, característica imposta pela queda da folhas, que ao cair deixam a bainha fixa no tronco, e ao passar do tempo, as bainhas vão formando um espiral no tronco da árvore, deixando parecer uma corôa. É uma palmeira nativa do SAB (semiárido brasileiro), e se estende desde o norte do estado de Minas Gerais e todo o Nordeste, apresentando boa adaptação às condições de solo e clima que o semiárido oferece, variando desde solos com fertilidade baixa, média e alta, e o clima de semi-aridez, com precipitações muitas vezes inferiores à 400 mm anuais. Da planta, tudo é aproveitado, desde suas folhas, utilizadas na confecção de diversos artesanatos, usada na alimentação animal, e como fonte de matéria-prima na industria de saponáceos. Dos frutos, denominados amêndoas, é amplamente usado desde a produção de azeite, devido a alta concentração de óleo, que está em torno de 42%, a cocada de licuri, licuri caramelado, dentre outras. E de uma estrutura encontrada dentro do tronco do licuri, é extraído o bró, que é usado na produção de farinha, a farinha do bró. Mas nesse ultimo exemplo, só em casos de extrema seca, como foi relatado na grande seca ocorrida nos anos de 1929 a 1932. O licuri faz parte da cultura do povo do sertão. Sendo que nas últimas 5 décadas, sua população vem sendo reduzida, os licurizais desaparecendo, e em seu lugar, as pastagens tomam conta, para a criação de gado. Atividade agropecuária incentivada pelo governo dos municípios mediante a aprovação da Lei do Pé Alto, ou Lei dos Quatro Fios, mal sabendo esses pecuaristas, que um sistema agrosilvopastoril, só traria benefícios à criação. É raro no semiárido, agricultores familiares que não completam a sua renda fazendo uso do licuri, sem agredir a população da planta. Quase que sem exceções, os agricultores familiares, camponeses, etc., fazem uso do que a palmeira oferece.

Texto: Erli Pinto dos Santos
Téc. Agropecuário
Graduando em Agronomia - UEFS
(74) 9196-6275

Barriguda (Ceiba glaziovii)


Ceiba glaziovii (Kuntze) K. Schum.
Malvaceae
Árvore
A floração ocorre na estação seca

A Barriguda (Ceiba glaziovii) é uma árvore de 10-18 m em altura. Seu tronco e galhos são revestidos fartamente por vigorosos acúleos (“espinhos”) em forma de funil, que dificultam a escalada de mamíferos e répteis, garantindo segurança às aves que fazem ninhos em sua copa. Sua característica mais notável é uma parte bem saliente (pode atingir 1,5 m em diâmetro), à meia altura de seu tronco, que lembra uma barriga. Essa saliência é um reservatório de água, uma das estratégias adotadas pela planta para assegurar-lhe água na estação seca. Folhas com 4-7 folíolos e flores grandes (7 cm) brancas com pétalas peludas e estrias longitudinais avermelhadas. Fruto em forma de pêra com cerca de 10 cm e sementes imersas em uma paina (“algodão”), chamada lã de barriguda, dispersas pelo vento. A Barriguda apresenta distribuição restrita ao Nordeste do Brasil, ocorrendo de forma descontínua e com indivíduos isolados. Madeira branca e mole, talvez por isto a árvore seja pouco cortada. A lã serve para encher travesseiros, colchões e selas. A casca é utilizada no tratamento de hérnias, reumatismo, inflamação do fígado, problemas cardíacos e pressão alta. Árvore imponente, excepcional para uso paisagístico. Floresce com a planta despida de folhas.


Imagem e texto retirado do livro: CASTRO, A. S. & CAVALCANTE, A. Flores da caatinga - Caatinga flowers. Campina Grande. Instituto Nacional do Semiárido, 2010. p. 25 e 26.